Uma leitura tomista sobre a solidão e a amizade à luz da “Ética a Nicômaco” de Aristóteles e em diálogo com o mundo contemporâneo
Abstract
O tema da amizade é tratado longamente por Aristóteles na Ética a Nicômaco (livros VIII-IX), com apenas algumas referências indiretas à solidão. A relação entre amizade e solidão é abordada também colateralmente por São Tomás de Aquino em suas obras. Ora, segundo a perspectiva do artigo, para se compreender bem a amizade, é necessário abordar o seu oposto por ausência, isto é, a solidão. Este estudo não se detém somente na reflexão aristotélico-tomista, mas também recorre a estudos contemporâneos, em particular no campo da psicologia, que confirmam muitas das teses do Estagirita e do Aquinate, além de abrir caminhos para novas reflexões. Nessa direção, são levantadas seis questões que partem da ideia do naturalismo da amizade até chegar à questão da quantidade de amigos que eventualmente seriam necessários para cada homem./// The theme of friendship is dealt with at length by Aristotle in the Nicomachean Ethics (books VIII-IX), with only a few indirect references to loneliness. The relationship between friendship and loneliness is also indirectly addressed by St. Thomas Aquinas. From the perspective of this article, in order to understand friendship well, it is necessary to outline its opposite by absence, that is loneliness. This study is articulated not only from the Aristotelian-Thomistic reflection, but also draws support from contemporary studies, that confirm many of the theses of the Stagirite and the Aquinate and that open paths for new reflections. In this pursuit, six questions are raised based on the idea of the naturalism of friendship to the number of friends that would be eventually needed for each man.Downloads
Published
2019-09-24
Issue
Section
Articles